Pesquisar este blog

sábado, 14 de março de 2020

Grupo de risco

Estou no grupo considerado de risco de pegar o COVID-19 (Corona Vírus). Primeiro, passei dos 45 anos, segundo, faço tratamento com químioterapia. 
Embora conviva com crianças, e essas crianças terão as aulas suspensas devido a pandemia, segundo o governador de SP, não poderia ficar com elas. Absurdo, penso eu! Quantas crianças não terão avós ou alguém que fique com elas enquanto os pais, ou um dos pais trabalham? Muitas dessas crianças convive apenas com a mãe ou com o pai, e levam na escola ou creche exatamente para não ficar na rua. Agora, ficarão mais vulneráveis na rua, pq é onde ficarão até as escolas voltarem as aulas. 
Se minha filha de 11 anos pode ficar comigo, minhas netas ramb podem. E quantos não estão nessa situação? Quantas avós exercem o papel de mães dos seus netos?
Aff...foi um texto muito mal escrito! 
Ainda bem que hoje passei a manhã inteira com minhas netinhas e minha filha e genro sabem da minha saúde. E eu beijo elas sim, dormem comigo, ficam em casa e eu na delas. Não sou de risco. Minha imunidade está ótima, faço exame de sangue completo toda semana para poder receber a químio; se eu não estivesse bem, minha filha seria a primeira a dizer. Dormir bem é sagrado para mim, me alimentar bem tb, sigo tudo a risca para o meu próprio bem. Não tem o pq de fazer parte do grupo de risco.
Passei o sábado em casa, tranquila, vendo filmes na Netflix: Miracle na Ciell nº7, filme turco, emocionante. Cuidei das roupas da Jacque e de escola da Julia, além de ficar com as netas. Além de cuidar dos animais. Todos soltos pela casa hoje, com exceção do Jonny que não quer saber de entrar em casa. Fica na caminha, levanta muito pouco, parece desanimado. Deve estar idoso, não sei a idade pq resgatei ele de uma casa e não era novinho. Mas está na dele, é bem cuidado, come bem. 
Hoje não foi diferente de ontem e tresantonte: estava muito quente, até que caiu uma chuvinha, após o almoço, e começou a refrescar.
Estou lendo o livro: A Roda da Vida, de Elizabeth Kübler-Ross, M.D.. fala sobre a vida que ela levou nas pesquisas só de a vida, a morte e o morrer. Interessante!
Enfim, 'quando aprendemos as lições, a dor se vai' (frase dela). Fica tudo mais leve e entendemos melhor muita coisa. Uma delas é que essa é a nossa vida; o que eu vivo é a minha vida e a sua a sua; se está de acordo ou não, não seria diferente pq dessa forma fomos moldando a nossa vida. E quando entendemos esse embolado todo, fica mais fácil aceitar muitas acontecimentos no decorrer da vida. Abandonar certas coisas seria o mesmo que abrir mão de toda a nossa história. Abrir mão da nossa vida. Então, aprendemos a viver de um modo mais fácil e generoso conosco. 
E vamos pro terceiro turno, onde a casa volta a fazer barulho de vozes altas indicando o banho, a hora da janta, a hora de dormir etc...e tem que aumentar o som da TV.
Noite que segue...


Nenhum comentário: