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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Desvendando os atalhos dos sonhos da vida.

Renata F Rocha...que delícia ouvir ela falando sobre descobrir o propósito de vida!
Tem pessoas que ligo pequena já sabem o que querem ser e segue em frente, por exemplo, minha filha Naomí. Médica, pediatra e neonatologista, número de filhos, o que fazer da vida, com o companheiro desde os 15 anos de idade...
Por incrível que possa parecer, eu não descobri o meu propósito ainda, com 59 anos. Acredito que ao longo do meu percurso de vida, foi-me podado mais nhã vontade do que queria ser; alguma coisa ou alguém colocou barreira para eu ser o que eu queria, e até hoje não descobri. Foi sobre isso o papo de hoje a noite no Retiro Online: Conexão com o Propósito. Foi excelente! Porém, preciso identificar qual é o meu. 
Preciso descobrir o que me limita, o que me prende ao passado que não me deixa seguir o meu propósito. Na vida, desde que nascemos, vamos adquirindo informações alheias, que vão nos moldando não para ser aquilo que nascemos para ser, mas para satisfazer quem nós educa. E romper com isso custa caro; custa inimizades com quem nos sustenta, custa afastamento de quem amamos, custa perdas e ganhos. 
Eu sei que sempre fui responsável para ter a amizade e confiança do meu pai, uma vez que minha irmã era a bonita, a inteligente, a que tinha dotes naturais mas vivia doente. Eu ia nos bancos para ele, ia para SP com dinheiro no bolso para pagar advogado, fazia pagamento na cidade onde precisava, aprendi a dirigir para viajar com ele e dirigir. Isso me deixava toda babosa, mas onde estava o meu propósito de vida nisso? Preciso descobrir, com 59 anos pq passou e eu não agarrei.
Superei muitas coisas qdo fui estudar psicóloga em Mogi das Cruzes; eu estava saindo do rumo que eu queria para a minha vida então, voltei para casa. Estudei Letras e parei faltando poucos meses pq ia me casar; fiz Pedagogia já casada e com 3 filhas, e passei apertado qdo dava aulas a noite e quase apanhei de um aluno gorila. Parei de dar aulas a noite e fui dar aulas para crianças enqto minhas filhas iam para a escola. Descobri que aquilo não era o que eu gostava e nunca mais dei aulas. Fui fazer faculdade de Desenho e Plástica, que acabou me dando alegria pois já tinha 3 filhas e precisava renovar meus ares fora de casa. Não fiz nada com esse estudo, só mesmo para mim. Com 58 anos, e já trabalhando com resgate de cães, fiz o curso de Auxiliar de Veterinário e Pet Shop. Uma amiga queria porque queria abrir um local para dar banho e fazer tosa em Gatos e cães. Ela montou tudo sozinha, e eu descobri que tinha nódulo na mama esquerda. Parou tudo de novo; nem resgatar cães nem dar banho e rosa com a moça que estudou comigo. 
Então, estou investindo, desde o início do retiro, o que é que me trava, qual é o meu propósito, e escavando para descobrir onde eu quero chegar antes de bater com as botas, alinhar as canelas, partir para a eternidade, morrer.
O que eu mais quero, e até já falei com a psicóloga que me acompanha no tratamento do cancer, é ter condições financeiras para não passar uma velhice na pindaíba, tendo que depender das filhas, sem condições de pagar convênio médico, e poder ter condições de dar uma caminhonete nova para o marido. Ele sempre me deu de tudo o que precisei e foi além; sempre tive meu carro, e ele já teve carros bons mas, ultimamente, ele anda com um pangaré que vive na oficina; não tem uma semana que não precise passar num mecânico com ele. 
Minhas orações são para pedir a venda da fazenda, seja toda ou parte dela, pq tem terras demais e não tem dinheiro para viver tranquilo. O marido continua precisando implorar para alguém comprar linhas de pintura para poder ter um dinheirinho, sendo que tem quase 200 alqueires, tem pés de eucaliptos que sai uma pequena renda, e é o que nos sustenta. Já foi melhor, mas o preço da madeira caiu muito. 
Eu me pergunto todos os dias: para que ter uma fazenda parada num lugar, tanta terra, se podemos vendê-la e ter condições de ter uma velhice tranquila?! Meu sogro até disse que meu marido esperou demais para pensar em por a venda; ele nunca imaginou que o filho aguentaria tantos anos sustentando a fazenda. Agora já deu. Agora não consegue mais. Chegou a hora de passar pra frente. Pelo menos é o que eu faria. Mas já falei que, se um dia vender a minha casa, 50%, a minha parte vai para mim. E ele faz o que quiser com a parte dele. Se quiser colocar e perder tudo na fazenda, problema dele. 
Só peço a Deus que nos ajude, nós abençoe, para não ter que viver a míngua, cortando até o que comer para poder viver.
Se eu continuar escrevendo, vou acabar descobrindo o meu propósito: escrever....kkkkk
Eu queria, qdo pequena, escrever um livro. Escrevi sobre a minha mãe, mas não editei, não publiquei. Coloquei naquele disquete que havia antes do CD, e não sei se ainda funciona. Preciso ver sobre isso. Quem sabe seja a porta que eu preciso para deslanchar?!
Só sei que amanhã as minhas delícias se netinhas vão chegar cedo em casa para ficar com a vovó. E hoje eu fiz umas bolachinhas que não saíram como eu queria mas dá para comer. 
Quando eu fico sabendo que elas vêm, eu já fico feliz! 

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