Estou abrindo mão de quem abre a boca para dizer asneiras para mim, enquanto prefiro ficar de boca fechada, na maior parte do tempo, para não entrar em confusão. Quero paz! Pena que algumas pessoas não entendem quando prefiro calar a boca.
Já foi dito que o silêncio é a melhor resposta, mas na minha casa, isso significa não resolver o problema, ou seja fugir do problema.
Então, uns levam por um lado e outros, pra outro lado.
Não está nada fácil a convivência com algumas pessoas! Alias, nunca foi tão difícil! Ou, algumas pessoas tem o dom de dificultar ainda mais, qualquer coisa.
Em época de pandemia, se isolar significa não apenas estar com o covid mas arrumar confusão! Que pena.
Ops, em época de pandemia, se isolar deveria ser uma questão de honra por não querer prejudicar as demais pessoas do convívio e, tb, para se preservar de contrair o covid.
Vejam como as interpretações mudam de pessoa para pessoa, não interessa de onde provenha, de quanta cultura adquiriu ou seja lá o que queira dizer.
Já disserem, tb, que a distância aproxima as pessoas. Quer saber? A distância permite que as pessoas fiquem afastadas uma das outras, apenas isso. Cada uma cuidando da sua vida sem infernizar a vida alheia.
Minhas 2 últimas semanas não está nada interessante em casa. E, ao contrário disso, está cada dia mais emigrante na ONG Projeto Rendar. Tenho ajudado como posso no bazar, tenho dado minha mão no Estatuto, tenho criado fichas novas e mais esclarecedoras sobre as pessoas que precisam de trabalho, de ajuda com alimentos, com outras tantas informações que podem nos deixar, afim que receber a nossa ajuda, a ajuda da ONG.
Último sábado, as 4 voluntárias líderes, como a Presidente da ONG nos nomeou, nos reunimos para separar roupas de uns 100 sacos que uma das voluntárias líderes foi buscar em Munhoz. Um senhor de lá faz o trabalho de pedir roupas para adoção em nome da esposa que faleceu. Ele recebe de muitos lugares, lava, seca, passa, e entra em contato para que instituições possam ir buscar. Veio um caminhão baú lotado de sacos de roupas que separamos o que seria doado e o que iria para o bazar. A ONG Rendar vive de contribuições e do bazar para ajudar mulheres que sofrem violencias domésticas. As contribuições chegam de todo tipo. No início da pandemia, por exemplo, eu fui convidada a fazer mascaras para a ONG; no seguir da caminhada, passei a colocar elástico nas máscaras que chegavam prontas; fui entregar um pacote, gostei do trabalho e me voluntárias. Fico as tardes de terças-feira no bazar e nas manhas de quarta-feira, mas isso vai mudar ano que vem. Vou mudar o horário da psicóloga para poder ficar o dia todo de quarta-feira no bazar, e aparecer nos outros dias que estiver disponível.
Ninguém tem ideia do quanto isso tem me ajudado!
Ouvimos, repartimos, falamos, trocamos problemas, nos identificamos, tomamos café quando tem, incentivamos, e o melhor é que fazemos isso para todas nós, sem exceção. Recebemos cestas básicas, doações de roupas, sapatos, móveis, eletrodomésticos, de tudo, e arrumamos o endereço para quem receberá, e tb o carreto. É fantástico! Essas obras de caridade entre os humanos me fazem lembrar dos meus pais. São lembranças muito boas e que me acompanham. Ajudar os animais continua no meu currículo pq não sei me afastar deles quando chegam até mim. Consigo conciliar os animais e os humanos agora, coisa que não dava muita atenção antes da pandemia.
Enfim, aos poucos vou aprendendo a ser melhor e a viver em paz.
O mês de Dezembro é vermelho. Então, a ONG estará toda decorada da cor para conscientizar o povo que passa por lá.
Outubro foi rosa, pelo câncer de mama; Novembro foi azul pela próstata, e Dezembro é vermelho pela AIDS.
Lembre-se: o Covid mata mas a Aid não começou esse ano para favorecer os políticos. Ela vem de anos atrás pelo uso
Indescriminado do amor livre entre todos.
Se cuida, tá!
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