Eu me sinto no meio do furacão, mas sei que vou sair dele pq nunca estou só, e me considero, me sinto abençoada.
Dividindo minha expectativa atual com uma companheira da ONG Rendar, onde sou voluntária, ela me disse que sentia o quanto sou abençoada. Isso me deixou tão animada para continuar sob as bênçãos que nasci para receber!
Enquanto fazia minha caminhada de hoje a tarde, fui enumerando as bênçãos que já recebi e continuo recebendo. Uma delas, ou três ou cinco delas são minhas 3 filhas e 2 netas, as quais não escolhi, foram me dadas por Deus; as minhas escolhas não são lá tão ruins mas deixam a desejar. Minha saúde sempre foi das melhores, mesmo, embora, tenha tido câncer na tiroide há 6 anos, já fui aprovada nos exames. O câncer de mama tb já foi resolvido e esta se controle, aliás, faltam apenas 2 vacinas para eu terminar essa fase de ter que ir na husf e depender das enfermeiras com aplicações. O remédio, Anastrozol, eu tomo em casa, sem dificuldades, e, até as dores, formigamentos e dormência já se foram. Então, posso continuar dizendo em alto e bom som que continuo sendo abençoada por Deus mesmo não sendo bonita diante dos padrões da sociedade e da mídia.
Só tenho que agradecer a Deus! Agradecer muito pq tenho acordado e vivido mais um dia de cada vez.
Essa semana eu fiz um cata no meu guarda roupa e consegui levar para o bazar da ONG Rendar. Me senti mais leve com isso, mas sei que ainda posso tirar mais coisas que não uso e passar pra frente.
A ONG recebeu 10 sacos enormes com muitas roupas então, vamos (as voluntárias líderes) nos encontrar para separar e colocar o valor para por no bazar. Chegaram, tb, muitos DVDs que uma fabrica deles nos mandou; mais um trabalho para fazer: separá-los e colocar à mostra com valor. São bênçãos que divido aqui pq sei que faço parte delas, ao mesmo tempo em que outras pessoas são abençoadas. E a mulherada que trabalho na ONG são nota mil! São espetaculares e tenho aprendido muito com cada uma, principalmente com a Presidente. Ela foi escolhida a dedo para tomar conta dessa ONG que alguém criou e abandonou. O trabalho é feito com mulheres que sofrem violência doméstica e precisam de ajuda com alimentos e demais coisas. O bazar ajuda nessas demais coisas enquanto a Presidente corre atrás de guardar a vida delas e dos filhos, e enquadrando o fulano. São inúmeros os casos e são da mesma dimensão o número de mulheres que não querem ou não aceitam a ajuda por medo, apenas medo, de que o fulano faça alguma coisa para ela ou para os filhos. A dependência é um dos fatores que muitas acabam deixando pra lá.
E por falar em dependência, eu sempre fui dependente do marido economicamente, e sempre me senti muito péssima por isso. Hoje, com 59 anos, eu perco na concorrência no mercado de trabalho; mas o grupo no qual faço parte, me dá suporte psicológico para enfrentar o amanhã, além de ter esclarecimento total da minha situação. Por isso, estou abrindo as portas para aceitar um trabalho; pensei até em lavar pratos em restaurantes pq lavo bem, sou limpa e rápida. E isso não me diminui em nada.
Vou fazer muitos guardanapos e cobre souplats para o bazar da ONG; costurar tb pode ser uma forma de ganhar. Estou no caminho. E agradeço a Deus por isso.
E quanto fiquei surpresa quando entrei no meu banco pelo celular e vi uma quantia que foi depositada! Amanhã posso pagar a conta do meu celular e abastecer o carro para ir pra São Paulo fazer o exame genético fase 2 que foi marcado. Depois, passo na Jacque para pegar parte da mudança que couber no meu carro. Mais uma benção nas mãos!
Se eu não faço diferença, pq preciso atender as necessidades alheias?
Vamos a luta pq tempestade é o que não falta!
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