É uma delicia resolver o problema dos outros quando vc aprendeu a resolver os seus próprios problemas.
O exercício de compartilhar é uma aprendizado infinito! A gente nunca para de aprender quando nos livramos das amarras e nos apropriamos dos benefícios, das ideias." Amyr Klink
Tudo isso que escrevi acima veio de uma live do cidadão Amyr, que a Sonata Brasil compartilhou para quem participou da abertura da viagem 'A Travessia', que se iniciou hoje.
Gente, eu sempre gostei de compartilhar as coisas que sei pq aprendi que, quando vc passa adiante o que vc sabe, vc aprende mais. E foi lindo o que aprendi hoje ou, o que tenho aprendido no decorrer dessa pandemia.
Nesse período de pandemia, me lembro que era meu aniversário, dia 12 de março, quando estávamos dividindo um jantar e bolo em família, que minha filha nos disse que estava chegando um vírus que ia mudar a vida das pessoas, e que eu tomasse muito cuidado pq, como eu estava no início do tratamento do câncer, eu era uma pessoa de azia parte do grupo de risco. Naquela noite ela disse para eu escolher ficar em casa sozinha ou ir para a fazenda e ficar sozinha por lá. Isso significava que o marido e filha deveriam estar separados de mim pelo tempo que fosse necessário, até a passagem desse vírus. E foi assim que eles foram para a fazenda e eu fiquei de férias por 2 meses, sozinha em casa. Aprendi muito!
Aprendi que eu me sentia muito bem comigo, que eu sabia fazer e seguir regras que eu me coloquei, sabia me cuidar, sabia usar o meu tempo em beneficio da minha saúde. E consegui passar tão bem esse tempo que até me adaptei a ele.
Me acostumei com a presença dos meus gatos pela casa, como companheiros do dia e da noite, e dos meus cachorros e suas latidas; me coloquei na disciplina de levar os cachorros para caminhar pq era necessário para eles e bom para mim; me disciplinei a comer somente quando tinha fome e não comer para passar o tempo, mesmo pq eu já havia engordado pelo tratamento. Percebi inúmeras coisas que estão fazendo muita importância para minha vida, hoje, em pleno dezembro, em que a pandemia continua. O que seria por alguns meses, continuará pelo próximo ano.
Monta barracas de campanha pelo país, desmonta hospitais improvisados, e a raridade é que continuamos na mesma situação.
Nessa semana vi pessoas que cresceram na mesma época que eu, estudamos juntos, fizemos um monte de coisas iguais pela cidade, e se foram, vítimas do coronavirus. Não tem mais grupo de risco; estamos, todos, no mesmo barco!
Então, ouvir a experiência do Amyr hoje, embora atrasada, foi espetacular.
Ontem, minha filha fez a mudança, daqui do condomínio para um outro, casa própria que eles fizeram. As filhas, minhas netas, estavam com a outra avó na chácara onde ela mora. Minha filha me pediu para ir buscá-las e ficar com elas até que ela terminasse a mudança e pudesse leva-las para casa, já com tudo no lugar e com as proteções necessárias para as meninas. Fui buscar, e ficaram comigo até o inicio da noite de hoje. Fizemos tudo juntas, banho, refeições, sono e tal. Foi muito bom mesmo pq eu as amo e faço qualquer coisa para estar com elas.
Por isso, me atrasei para as ljves que eu já havia feito a inscrição no início da semana. Foi excelente!
Por outro lado, nunca fui vista como alguém que sabia alguma coisa, por parte do marido, a não ser cuidar das filhas. Certa vez, ele começou uma conversa assim: vc é ótima como mãe, vc cuida muito bem das meninas. Eu notei no tom que faltava um 'mas' então eu coquei o mas na frase e o final eu falo um outro dia.
Quando ele fazia parte de uma empresa, eu nunca pude participar ativamente pq eu deveria ser apenas a esposa dele e nunca dar palpite ou trabalhar na firma. E assim foi feito até a firma ser derretida pelo sócio.
O que ouvi de algumas pessoas com relação ao calote que ele recebeu, vou aguardar para mim pq eu não fazia parte da firma, a não ser para assinar os empréstimos que eram feitos para a compra de maquinaria ou pagamentos de dívidas. Até eu me impor de que não assinaria mais nenhum nada, uma vez que eu tinha esse direito, mesmo sendo a outra parte. E isso foi feito, nunca mais assinei contratos etc e tal.
Bom, o resto vai ficar na imaginação de cada um. Só sei que esses meses de pandemia seriam para eu reavaliar muitas narrativas, muitas audições, muitos pensamentos que estavam engavetados. E, graças a Deus, que Ele não falha, então, parece que, com o câncer, o que levaria muitas pessoas a morte, eu acordei, eu senti uma renovação. E estou muito animada com o que venho fazendo nesses últimos meses como voluntária ONG Projeto Rendar. Não sei nada sobre o dia de amanhã, o que será na semana que vem, ano que vem, não sei nada. Mas estou muito animada, me sinto viva.
Agradeço a Deus por isso! Ele nunca me abandonou! Agradeço a Presidente da ONG por confiar em mim, sem nunca ter me visto cara a cara, até o dia em que fui conhecer a ONG. Pessoas assim nos dão a oportunidade de mostrar nosso talento.
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