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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Nós aprendemos a nós defender acusando o outro...vai me dizer que não?!

Fugimos da nossa criação boa, aquela criação do Criador, e não a criação do pai e da mãe; essa é perversa por natureza. 
Quando crescemos - presta atenção se estou mentindo - vamos descobrindo maneiras de sempre nos parecer bonzinhos, filhos perfeitos, aquele que só merece aplausos para encobrir erros que cometemos. Uma falha, que começa de pequeno, e aumenta com os anos. Com isso, vamos desenvolvendo mecanismos de autodefesa, e escondendo o que fazemos de errado através desses mecanismos. 
Vou dar exemo: quando choramos ao pedir um doce para o pai ou a mãe, eles logo dão o doce e paramos de chorar. O mecanismo choro já faz parte desse processo de enganar quando queremos algo. O nenê, quando está com fome, chora e a mãe logo vai ver o que ele quer. Se ele para de chorar quando ela lhe oferece o peito ou a mamadeira, pronto, ele descobriu que toda vez que chorar, sua fome será saciada. 
Então, vamos seguir. 
Quando temos irmãos mais novos (o que não foi o meu caso, mas já cansei de ouvir essas histórias), o mais esperto sempre põe a culpa no menor, e sempre o menor acaba sendo castigado. 
E assim segue a humanidade, procurando culpados para as suas misérias por não conhecer as suas próprias maldades. Maldades que começaram lá na pequena infância, por terem sido desprezados quando mais necessitavam de apoio dos pais ou responsáveis. Maldades que foram criando raízes em cada ação praticada erradamente. E esse mecanismo passou a ser uma forma de sobrevivência, de ganhar atenção, de ser aplaudido por quem não conhece a situação.
Todos nós precisamos praticar o autoconhecimento afim de desmascarar esse e tantos outros mecanismos que aprendemos a usar, e que nos faz mal. Ele impede que vivamos com verdadeira significância nesta vida terrena. Ele impede que façamos amizades sem interesse, que tenhamos um relacionamento sem segundas intenções, que saibamos dividir sem ficar mostrando o que fizemos. 
Infelizmente, nos jornais online da minha cidade, só ontem, foi noticiado 4 prisões por machismo - homens batendo nas mulheres, quebrando a cara de muitas e com os filhos vendo, e um até filmando para provar na polícia a covardia do pai. 
Aumentou o caso durante esse ano devido a pandemia? Certo. Mas virou moda o homem ter direito sobre a mulher? Desde quando a mulher passou a ser objeto na mão de alguém para ser jogado no chão e quabrado, quando não se quer mais, ou quando não é querido? 
Voltando lá atrás, vamos ver que, esse ser humano, começou desde cedo na pratica de mecanismos para satisfazer seus desejos. É possível que, quando a mãe não lhe dava o que queria, ele jogasse um brinquedo, a chupeta, algo que tinha na mão, e alguém reforçou essa atitude, alguém achou lindo aquela pequena linda criança agindo daquele jeito. Pronto, ele cresceu e, como homem, se acha no direito de ter a mulher só para ele, na hora e do jeito que ele quer. Os anos passam, e ele sempre tem a mesma atitude, mesmo trocando de mulher, pq não corrigiu o erro, apenas trocou de 'objeto'. 
E assim segue a humanidade, escondendo seus erros, procurando quem os assuma, e nunca procurando corrigí-los. Muitos não se esforçam pq desconhecem que está errado. Não pararam para se conhecer, para se autoconhecer.
Eu sei que não é fácil para ninguém ter que voltar atrás e pedir perdão, mesmo pq, já observei isso, é engraçado contar o que aconteceu e como o outro passou por bobo na situação. É engraçado contar que o irmão apanhou no lugar de quem praticou a ação errada, e dar risada para disfarçar o quanto houve perversidade nisso. É interessante fazer o outro se passar por 'pedinte' de dinheiro para um parente só para satisfazer a vontade de alguém que queria chupar sorvete.
Fico pensando o quanto fui rígida comigo mesma e, por conseguinte, com minhas filhas por cobrar delas uma atitude sadia, entre elas e com os colegas de classe!! Estou aqui escrevendo e me auto alisando sobre qual mecanismo utilizei, quando pequena, para agir assim. E, quase concluo que já entendo o que aconteceu. 
Eu fui a quinta de seis filhos, onde a quarta faleceu ao nascer e a sexta faleceu após uma semana. O primeiro e o segundo são homens, vivos, e a terceira foi uma menina, sempre frágil, sempre doente, sempre precisando da atenção e cuidados dos meus pais, mais da minha mãe. 
Mas essa história vai ficar para outro dia pq preciso tirar as roupas da máquina e pendurá-las para secar, tomar um chá para ajudar meu organismo a se conduzir melhor durante o resto do dia. Mas já fiz a conexão entre o doador e um adotante desta linda cachorrinha que está em SP - vou postar a foto dela, enquanto escrevia deitada na minha rede e com os meus gatos do lado.
Mel, domingo já vem para Bragança Paulista, para receber o amor que merece.
E aqui estão a Miaú e o Aladim, na minha cama, bem do meu lado.

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